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Género: Survival horror
Ano: 2015
Desenvolvedor: Capcom
Editora: Capcom
Director: Shinji Mikami
Produtor: Hiroyuki Kobayashi
Resident Evil ou Biohazard,
é um jogo de 1996 que marcou uma geração de jogadores. Considerado por muitos
como o pai dos jogos de survival horror.
O jogo foi tão bem
recebido, que em 2002 recebeu um remake para o GameCube, jogo esse que em 2015
voltou remasterizado para o PS3, Xbox 360, PS4, Xbox one e PC.
O Jogo
Tanto a história como o
desenvolvimento não sofreram alterações, com exceção às suas dobragens e à inserção
de CGIs. A sua abertura também sofreu mudanças, podemos dizer para melhor, já
que no original a mesma era feita em live-action, no entanto, as representações
nela não eram nada de extraordinário.
Para quem não conhece o
jogo, tudo se passa numa enorme mansão que “supostamente” se encontra
abandonada. Durante a nossa aventura, iremos encontrar diversos quebra cabeças,
quebra cabeças esses, que irão dar continuidade à história.
Possuiremos duas
personagens jogáveis, Chris Redfield e Jill Valentine. Ambos têm algumas
diferenças, tanto na dificuldade como no desenvolvimento do jogo. Se jogarmos
com Jill teremos a vida um pouco mais facilitada do que com Chris.
Teremos mais três personagens
recorrentes, são elas, Barry Burton, Rebeca Chambers e Albert Wesker.
Dependente com quem jogamos, estas terão um papel importante na história, podendo-nos
ajudar em diferentes ocasiões.
Os seus
puzzles também tiveram as suas mudanças. Shinji Mikami, criador do jogo,
afirmou na altura que esta versão era 70% diferente em relação ao original.
Jogabilidade
Todo o jogo faz uso de
ângulos fixos de câmara, o que torna a nossa visão um pouco limitada. Quem seja
novo neste tipo de formato pode vir a ter alguma dificuldade de inicio, mas
nada que não se resolva depois de alguns minutos de jogo. Para quem jogou os três
primeiros jogos da franquia, é como voltar a entrar naquele mundo sombrio e
inesperado, que muitos esperam um dia voltar a surgir.
Só podemos transportar um
número x de itens, já que o nosso inventário é limitado consoante a personagem
que escolhemos, obrigando-nos a ir vária vezes a um baú, este sim considerado o
nosso grande inventário, que se encontram espalhados por vários locais ao que
podemos chamar de salas seguras.
Nestas mesmas salas também
podemos encontrar uma velha máquina de escrever, já bem conhecida pelos
jogadores mais fiéis, onde podemos gravar o nosso progresso de forma limitada. Sim limitada, já que para gravarmos teremos de ter um objecto chamado de ink ribbon
que podemos encontrar durante a nossa aventura.
Se pensava que era só isso
que era limitado está muito enganado. Tudo é limitado e escasso, fazendo nos
pensar várias vezes se havemos de gastar munição ou que tipo de arma é melhor
usar. Tudo tem de ser pensado, tornado o jogo sempre mais tenso do que o
normal e por vezes assustador, à medida que vamos avançando.
Mudanças na Remasterização
Uma das mudanças mais
notáveis, são as suas melhorias gráficas. O jogo em sim já era bonito, mas
agora, tudo se encontra mais polido e detalhado. Claro que existe exceções, uma
vez que o jogo faz uso de cenários pré-renderizados, mas nada que tire a beleza
ao mesmo.
O único senão fica palas CGIs. Sim obtiveram uma melhoria, mas em alguns casos não foram assim tão percetíveis. Talvez por ser impossível de melhorar, ou então, por ser uma maneira de rentabilizar custos, mas fora isso, tudo se encontra perfeito.
A sua luminosidade também
foi melhorada. Cada comodo tornou-se agora mais sombrio, onde deparamo-nos por
vezes com salas completamente isoladas da luz, estando apenas iluminadas pelo
luar ou por relâmpagos que surgem das janelas.
Algo que me chamou
bastante à atenção foi a melhoria nos controles. Agora os movimentos do
personagem tornaram-se mais fluidos e dinâmicos, o que facilita bastante na
hora de nos desviarmos dos monstros. Para quem prefere os controlos antigos não se preocupe, pois os mesmos podem ser mudados nas definições.
O que fica ainda a
complicar é a mira, devido às câmaras estáticas. É uma dor de cabeça sempre que
pensamos que a personagem está a mirar num zombie, mas apenas estamos a atira
par o lado. Já não bastava termos pouca munição e ainda a gastamos a tentar
matar uma parede.
Outro grande ponto da
remasterização é a mudança na proporção da tela, onde agora podemos escolher
entre a proporção 4:3 ou o actual widescreen (16:9). Para isso acontecer foi
necessário cortar os topos e fundos de cada área de modo a preencher a tela
horizontalmente.
Vale a Pena?
Para quem em fã da franquia,
certamente vai adorar poder voltar a entra na mansão Spencer e relembrar todos
aqueles momentos que passou a jogar na sua infância, só que, num formato mais
melhorado. Já sé for um novato, tem aqui uma boa oportunidade para
experimentar, pela primeira vez, a origem desta grande série.
Depende agora de si tirar
as suas próprias conclusões, com tudo o que foi dito, e se perguntar, se vale
ou não apena, jogar a este jogo que é considerado por muitos como um clássico
na industria dos games.